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O Argelino


“Eu amo a vida, eis a minha verdadeira fraqueza. Amo-a tanto, que não tenho nenhuma imaginação para o que não for vida.”

Albert Camus

Só um homem que amava tanto a vida, poderia ter escrito "o estrangeiro".

"Depois, Maria veio ter connosco, Voltei-me para a ver. Estava viscosa da água salgada e tinha os cabelos caídos para trás. Estendeu-se encostada a mim e os dois calores, o do corpo dela e o do sol, adormeceram-me um pouco."

e ainda...

"Tinha mau génio, disse Salamano. De tempos a tempos zangávamo-nos. Mas apesar disso, era um bom cão". Disse que o cão devia ser de boa raça, e Salamano ficou com um ar contente. "E para mais, acrescentou, não o conheceu antes da doença. Não havia pêlo mais bonito do que o dele". Todas as noites e todas as manhãs, desde que o cão aparecera com aquela doença de pele, Salamano punha-lhe pomada. Mas na sua opinião, a verdadeira doença que o cão tinha era a velhice, e a velhice não cura.